4 de agosto de 2010

Grandes expectativas e um divórcio

Uma mulher e um homem de 20 anos, ricos. Uma festa no copacabana palace de 1 milhão de reais, convidados famosos, cobertura da imprensa. O casamento foi acordado em separação total de bens, o que significa que cada um sairá da relação com o patrimônio que entrou e o que foi conquistado durante a união também será de quem trabalhou por aquilo. (Deixemos para um próximo post a discussão importante sobre o que é considerado trabalho. Afinal o trabalho doméstico e o cuidado com os filhos não é uma atividade remunerada embora seja uma atividade indispensável).

Pois bem, após 9 meses de casamento esta dupla se separa e a noiva entra na justiça em um processo de separação litigiosa. Não sei absolutamente nada a respeito da vida e das motivações de Sthefany Brito e de Alexandre Pato, portanto tomarei emprestado o relacionamento deles noticiado (exaustivamente) na imprensa apenas como gancho para pensarmos o amor e suas expectativas.

Não é pequeno o grau de frustração de vivenciar um casamento que fracassa. Imagina-se que os noivos, mesmo os mais inconseqüentes (e até mesmo os famosos), em algum momento sonharam com uma celebração, anunciaram a notícia aos amigos e familiares, e imaginaram um futuro juntos.

Às vezes não dá certo. Culpa-se a idade, a imaturidade, a falta de liberdade e até o capitalismo, que incentiva tanto o individualismo. Diante de uma decepção amorosa podemos encontrar algumas saídas. E uma delas é buscar uma reparação. Cobrar o outro, em alguns casos literalmente – na justiça, pela promessa não cumprida. Uma promessa não dita, mas que se vivencia como real, de que o outro nunca vai me abandonar. De que eu nunca mais me sentirei desamparada. Ou seja, mesmo que tenha sido prevista a separação (teremos um contrato de separação total de bens), diante da frustração não há razão, não há papel, não há combinados. Quero minha indenização por você ter tirado de mim o que nunca me disse que daria.

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