11 de junho de 2013

É menino ou menina?


O quão angustiante pode ser, na nossa sociedade, esta indefinição de gênero, este não saber se é menino ou menina. Ora, se há um tempo que o gênero é neutro – não o sexo, que este é fixo – é no recém-nascido. Por que nos incomodamos em não saber se estamos diante de uma menina ou de um menino? Tanto os pais se chateiam se o curioso, ao elogiar o bebê, erra o sexo da criança, quanto o elogiador também se incomoda em errar e, claro, culpa os pais por não haverem fornecido evidências suficientes na vestimenta do neném. Daí a urgência dos brincos.
Há um ano atrás o casal inglês que criou seu filho por 5 anos sem revelar o sexo do bebê, resolveu contar que eles tinham um menino em casa. Segundo a mãe, a intenção era que a criança pudesse se expressar e fazer escolhas de acordo com o seu desejo e não impostas socialmente. Para isso a criança poderia escolher livremente com o que brincar e o que vestir. (link para a matéria)
Quero que minha pequena menina possa escolher livremente seus gostos: que possa ter o azul como opção, os carrinhos, a ciência, assim como a maquiagem, as bonecas e as letras. Claro que gostaria, também, que ela vivesse em tempos em que nenhuma destas escolhas causasse estranheza e que ela não fosse mais ou menos menina por causa de um brinco.

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